O fruto é português e o doce é francês. Para mim a combinação é perfeita quando o resultado é Marrom Glacê, as deliciosas castanhas portuguesas, adoçadas com calda de açúcar e envoltas em fina camada de glacê.
Nas minhas andanças no Mercado Municipal de São Paulo esta semana, o primeiro íten da lista era o Creme de Marrons...
Comprei este que está na foto, francês, delicioso e que vou abrir logo e sem fazer barulho...
As castanhas por si só já tem um sabor sutil e primoroso que combina bem com sal e com açúcar, e o processo de fabricação de Marrons Glacês ou de Purée de Marrons, é lento e lindo!
Como a casca é bem fininha e bem grudada à polpa, os frutos são imersos em água e assim permanecem durante oitos dias para que ao serem retirados da água murchem um pouco e passados rapidamente pelo vapor soltem da casca facilitando assim a sua retirada sem que a polpa seja partida.
Descascadas e perfeitas as castanhas agora são envoltas aos pares em um véu de tule e ficarão banhadas em calda de açúcar cuidadosamente perfumada com favas de baunilha por mais 48 horas para que o sabor e a fragrância da calda penetrem progressivamente no coração da fruta sem mascarar o sabor da castanha.
A calda que banha as frutas tem receita secreta e há quem diga que um dos ingredientes vem a ser um dos conhaques mais caros do mundo de fabricação do grupo “Remy Cointreau”.
O véu é então retirado e as castanhas estão prontas para o último revestimento de glacê de açúcar. Em seguida, são secas rapidamente ao forno para então repousarem por mais 12 horas antes de serem embaladas individualmente em papel dourado e acomodadas nas tradicionais caixas de madeira.Tudo isso faz com que o doce tenha um preço ácido, mas, se você tiver a oportunidade garanto que vale a pena experimentar!
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