21 agosto, 2011

Figueira Rubaiyat

Eu e o Chef Marcelino

 É mais forte que eu!
E acredito que aconteça com qualquer um que tenha um pouco mais de intimidade com a cozinha e com as panelas...
Não consigo entrar em um restaurante sem dar uma espiada (rápida que seja)  na cozinha. E quando o almoço ou jantar é na casa de algum amigo ou conhecido, logo estou lá no melhor cômodo da casa, perguntando o que está sendo feito e vendo se posso participar de alguma forma.
Faço sem sentir e por vezes até espio nas panelas. Esta é minha principal característica sou muito curiosa. Aliás minha curiosidade é o que me move!
Ainda na última visita a São Paulo fomos almoçar no Figueira Rubaiyat e ao entrarmos  fomos conduzidos à nossa mesa e não me contive, segundos depois eu estava lá na porta da cozinha perguntando ao Metre:
- Moço, posso dar uma olhadinha?
O Figueira Rubaiyat é considerado pela crítica especialista como um dos melhores restaurantes do Brasil e não é á toa.
O Figueira produz a carne que serve em seus restaurantes e em sua fazenda em Dourados no Mato Grosso são abatidos por ano 4 mil bois, 2 mil porcos, 20 mil frangos e 2 mil cordeiros.
A casa foi inaugurada em 2001 e possui um exuberante salão instalado debaixo da enorme figueira que dá nome ao restaurante.
Nós estávamos lá por motivo nobre, uma comemoração em família e eu não podia perder a oportunidade.
Fui atenciosamente recebida pelo Chef  Marcelino  que me apresentou sua equipe e me levou a todos os setores da cozinha que é em formato de L com corredores compridos.
Imensa, com 13 setores distintos, moderna, organizada, movimentada, quente, com aromas dos mais variados e funcionando em perfeita sincronicidade e envidraçada o que permite que se possa ver grande parte do processo de produção sem que haja a necessidade de entrar, mas, curiosa...
Fiquei impressionada com os fornos a lenha onde queimam madeira de laranjeiras para perfumar os assados e a quantidade de panelas de cobre de todos os tamanhos, lindas e reluzentes.
A comida da entrada à sobremesa foi perfeita.
Vale a pena conhecer!


Salão
Forno a lenha

Empório Chiapetta

Eu e Leonardo Chiapetta

Fiquei muito tempo sem escrever, mas, a causa era justa: precisava estudar.
Dentre várias outras coisas, uma parte do meu dia é sempre reservada ao estudo, em livros, revistas, internet e artigos.
Mas os projetos profissionais que estão em andamento, mais as aulas que ministro no Senac e no meu Atelier/Cozinha  e a aula que ministrei na Semana Internacional de Gastronomia, acabaram exigindo um pouco mais que o normal.
Enfim, estou fazendo o “link” novamente.
Com muitas novidades: gente nova chegando na equipe, novos trabalhos que irão para o site em breve, linha de produtos do Bazar 2011 sendo criada, bastante coisa que irei contando aqui.
Vou retornar do ponto em que parei.
Em maio fui a São Paulo e claro, para mim é inaceitável estar em São Paulo e não ir ao Mercado Municipal.
Aliás,  esta paixão por mercado é mais antiga do que a paixão por confeitaria.
Sempre que vou a um lugar que não conheço procuro ir ao mercado.
Foi assim em Goiânia, Brasília, Vitória, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Londres, Buenos Aires, Roma...
Mas o mercado Municipal de São Paulo não tem igual! Amo!
E estando lá, há coisas que não podemos deixar de fazer, como por exemplo comer o pastel de bacalhau e o sanduíche de mortadela. Eu e o Jorge sempre dividimos os dois.
Depois fazer comprinhas...
Primeira parada sempre: Empório Chiapetta.
Há anos compramos lá frutos secos vindo de todos os lugares do mundo, castanhas, nozes, especiarias, bacalhau e claro, o marrom glacê.
Somos sempre muito bem atendidos  e nesta última ida tivemos o prazer de ser atendidos por Leonardo Chiapetta.
Simpaticíssimo, Leonardo nos levou à sua sorveteria ali no mercado também, onde degustamos alguns dos sorvetes de base italiana  com coberturas à base de doces da caatinga. Um delírio! Total!
Comprei doce de Umbú (que confesso tem sido nosso conforto aqui em casa sempre que bate aquele vontade de comer uma “coisinha” doce), farinha de macadâmia, chips de várias frutas, e crocantes de açaí com maçã.
Se você vai a São Paulo, reserve um tempo para o Mercado Municipal e não deixe de passar no Empório Chiapetta e na Sorveteria .E se não puder ir até lá você pode comprar pelo site que eles despacham para todo o Brasil.
Visite e divirta-se!

11 junho, 2011

Pinturas e biscoitos









A aula de quinta-feira foi simplesmente o máximo!
Boas gargalhadas, ótima companhia, e muito, muito talento.
Estavam aqui comigo, a fofíssima Milene que veio de São Ludgero, a fofa da Gisele que é uma artista, as amigas de sempre Raquel e Enoir.
Muito bom!
Com essa turma a alegria é garantida.


04 junho, 2011

Queijos e ratinhos...




 
Quer maneira melhor de passar o dia do que fazendo o que gosta e em ótima companhia?
Assim foi o dia aqui em casa hoje!
Tive o grato prazer de receber em casa pessoas especiais.
A Enoir veio de Lages, a Dete e a Jéssica vieram de Blumenau, e a Raquel e a Jaque  de Floripa.
Todas fofas! Fofíssimas!
Trabalhamos um bolo esculpido em formato de queijo suíço com modelagens de ratinhos.
Dedicadas, caprichosas e chiquetosas...
Meninas, foi um prazer!
Nos reencontramos em breve.
Sucesso sempre!

01 junho, 2011

Os segredos do Marrom Glacê


O fruto é português e o doce é francês. Para mim a combinação é perfeita quando o resultado é Marrom Glacê, as deliciosas castanhas portuguesas, adoçadas com calda de açúcar e envoltas em fina camada de glacê.
Nas minhas andanças no Mercado Municipal de São Paulo esta semana, o primeiro íten da lista era o Creme de Marrons...
Comprei este que está na foto, francês, delicioso e que vou abrir logo e sem fazer barulho...
As castanhas por si só já tem um sabor sutil e primoroso que combina bem com sal e com açúcar, e o processo de fabricação de Marrons Glacês ou de Purée de Marrons, é lento e lindo!
Como a casca é bem fininha e bem grudada à polpa, os frutos são imersos em água e assim permanecem durante oitos dias para que ao serem retirados da água murchem um pouco e passados rapidamente pelo vapor soltem da casca facilitando assim a sua retirada sem que a polpa seja partida.
Descascadas e perfeitas as castanhas agora são envoltas aos pares em um véu de tule e ficarão banhadas em calda de açúcar cuidadosamente perfumada com favas de baunilha por mais 48 horas para que o sabor e a fragrância da calda penetrem progressivamente no coração da fruta sem mascarar o sabor da castanha.
A calda que banha as frutas tem receita secreta e há quem diga que um dos ingredientes vem a ser um dos conhaques mais caros do mundo de fabricação do grupo “Remy Cointreau”.
O véu é então retirado e as castanhas estão prontas para o último revestimento de glacê de açúcar. Em seguida, são secas rapidamente ao forno para então repousarem por mais 12 horas antes de serem embaladas individualmente em papel dourado e acomodadas nas tradicionais caixas de madeira.Tudo isso faz com que o doce tenha um preço ácido, mas, se você tiver a oportunidade garanto que vale a pena experimentar!